quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Feministas e Feminismo (condensado e popular)


Li em algum momento e não sei bem onde, que nós podemos e até certo ponto,devemos nos orgulhar de coisas que herdamos, ou que não foram conseguidas por nós, entretanto, têm uma ligação com nossa vida ou nossa identidade.Um ancestral -por exemplo-já que para uma pessoa criteriosa não basta para se orgulhar, o fato de viver dignamente. Alguém exigente mesmo sente necessidade de uma coisa maior, que vai desde ter criado uma fundação, passando por ter adotado uma criança da empregada,escrito um livro ou estar ligado à descoberta da penicilina.
Entre não se envergonhar e se gabar, sorrir sozinho de satisfação, há uma boa distância, tenha dó.
Canso de ver mulheres que usam a expressão "eu tenho muito orgulho de ser mulher" como uma coisa favorável. Pense: É como se dissessem, "olha sou mulher, mas não me importo não, viu? eu até me envaideço". Visualizo a Barbara Streisand no começo da carreira comentando sobre seu nariz um pouco grande, que gera polêmica até hoje (é bonito ou não?) mas dá um pouco de estilo.Imagino ela dizendo:"as pessoas falavam que eu devia operar, mas sempre gostei dele, sei lá, me orgulho de não ter cedido às pressões estéticas da época.Eu até me envaideço."
Pra quem acha que o caminho é macaquear os homens: você já viu um homem dizer, veja bem, dizer isso? claro que não. Aliás é tão despropositado quanto dizer "Ah, eu tenho muito orgulho de ser homo sapiens." Experimente.
Segue ainda o grupo das que têm muito orgulho de ser mulheres (ui!) não o dizem com essas palavras, mas enchem a boca pra dizer que quando pequenas não gostavam de bonecas, e brincavam com os meninos, sentindo por conta de suas penas marcadas de perebas uma superioridade indisfarçável.
Sapato alto? vixe que profanação! "mas você é muito menininha mesmo !" (!).
No final de tudo, vão ver Sandra Bullock e a queixa é que falta homem por aí. Ai, ai...tem gente que sabe perder tempo.

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